Bombardeios de Israel em Gaza matam mais de 130 pessoas durante visita de Trump 3u5o2n
Crianças e jornalistas estão entre os mortos nos ataques recentes 1od9
Pelo menos 60 pessoas morreram na Faixa de Gaza nesta quinta-feira, 15, em novos bombardeios do Exército israelense, segundo médicos palestinos. O número total de mortos nos ataques nos últimos três dias já a de 130. 2ij1u
A ofensiva se concentrou principalmente em Khan Younis, no sul do território, e ocorreu enquanto os Estados Unidos e países árabes tentam mediar um cessar-fogo.
Os novos bombardeios coincidem com a agem do presidente norte-americano Donald Trump pelo Oriente Médio.
A maioria das vítimas, de acordo com profissionais de saúde locais, morreu após ataques aéreos que atingiram casas e barracas em áreas civis.
Entre os mortos está o jornalista Hassan Samour, da rádio Aqsa, ligado ao Hamas, que foi atingido com 11 membros da família enquanto estavam em casa.
Um hospital em Khan Younis informou que ao menos 54 pessoas morreram somente em bombardeios noturnos.
Um cinegrafista da Associated Press relatou dez bombardeios sucessivos na cidade, que deixaram dezenas de corpos no necrotério do Hospital Nasser.
Os ataques ocorreram no mesmo dia em que os palestinos lembram a Nakba, a “catástrofe” que marca o êxodo forçado de centenas de milhares de árabes durante a guerra de 1948.
Para muitos habitantes de Gaza, no entanto, o sofrimento atual supera o daquela época.
“O que estamos vivenciando agora é ainda pior do que a Nakba de 1948”, disse Ahmed Hamad, deslocado diversas vezes desde o início do conflito.
Bombardeios e ataques se intensificaram nos últimos dias 54u3m
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que os ataques israelenses aumentaram desde que Trump iniciou sua viagem por países do Golfo, na terça-feira, 13.
Na quarta-feira, 14, ao menos 70 pessoas morreram em ataques no norte e sul da Faixa de Gaza, entre elas quase 20 crianças.
Além dos ataques aéreos em bairros residenciais, o Exército de Israel também direcionou bombardeios a estruturas hospitalares.
Na terça-feira, ao menos 16 pessoas morreram em um ataque ao Hospital Europeu em Khan Younis.
Segundo os militares israelenses, o alvo era um “centro de comando do Hamas” supostamente instalado no subsolo da unidade. O grupo negou.
A ofensiva ocorre enquanto mediadores dos Estados Unidos, Catar e Egito tentam negociar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, com conversas sendo realizadas em Doha.
Em comunicado, o Hamas acusou Israel de realizar uma “tentativa desesperada de negociar sob a cobertura de fogo”.
Nas últimas 48 horas, mais de 130 pessoas morreram em ataques israelenses na Faixa de Gaza, incluindo mulheres, crianças, profissionais da imprensa e moradores que buscavam abrigo em casas de familiares.
A Defesa Civil palestina alertou que ainda há vítimas presas sob os escombros e que o número de mortos pode aumentar.
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Em paralelo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que seu país seguirá com a ofensiva “com força total” para eliminar o Hamas.
Segundo ele, a operação é uma resposta aos ataques do grupo palestino em outubro de 2023, que deixaram centenas de mortos em Israel.
O bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza já dura três meses. Mais de dois milhões de pessoas vivem no território em situação de deslocamento interno, enfrentando escassez de alimentos, água e atendimento médico.
Para os palestinos, a expectativa era de que a visita de Trump à região servisse de pressão por uma trégua e ajuda humanitária, o que até agora não se concretizou.
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