Na terça (14), a ONU, através do secretário-geral António Guterres, emitiu um alerta internacional sobre as consequências do aumento do nível dos oceanos, provocado pelo derretimento desenfreado das geleiras antárticas. 165z3l
Segundo Guterres, cerca de 900 milhões de pessoas que vivem em áreas litorâneas do planeta precisarão se deslocar:
“O perigo é particularmente grave para quase 900 milhões de pessoas que vivem em áreas litorâneas baixas, uma em cada 10 pessoas na Terra. As comunidades que vivem em áreas baixas e países inteiros poderiam desaparecer para sempre. Estaríamos presenciando um êxodo enorme de populações inteiras, de proporções bíblicas” – pontuou o secretário-geral da ONU.
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A afirmação de Guterres, sobre os mares engolirem ilhas inteiras e até países, é bastante realista. Isso já vem acontecendo nos últimos anos, com o desaparecimento de até cinco ilhas nas Ilhas Salomão, no Oceano Pacífico. Dados da própria ONU mostram que o nível dos mares já subiu até 25 centímetros, no período entre 1900 e 2018.
O secretário-geral da ONU deu uma lista de cidades que serão impactadas:
“Seja qual for o cenário, países como Bangladesh, China, índia e Holanda estão todos em risco. Megacidades em todos os continentes sofrerão impactos severos, como Cairo, Lagos, Maputo, Bangcoc, Daca, Jacarta, Mumbai, Xangai, Copenhague, Nova York, Buenos Aires e Santiago”
Vale lembrar que o Brasil não está excluído disso. Cidades como Rio de Janeiro e Recife podem acabar completamente submersas, assim como grande parte de São Paulo, Santa Catarina e tudo que for próximo ao Oceano Atlântico.
António Guterres finaliza afirmando que a ONU terá o papel mais importante da história, tendo que, futuramente, apresentar soluções para todos os Estados. É previsto que o número de refugiados seja o maior da história da humanidade.
